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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pensando para além da passagem.

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A campanha já toma os terminais e os muros da cidade.
Projeto Tarifa Zero www.tarifazero.org .







domingo, 6 de novembro de 2011

Transporte gerido pelos trabalhadores e pelo Povo

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O projeto BRT, junto a já implantada bilhetagem eletrônica, "pode" ter uma consequência nefasta para os trabalhadores do sistema de transportes. Noticiado pelo próprio jornal A Tribuna, o BRT pode ser sinal do início de um processo de demissão em massa dos rodoviários que assumem a função de cobradores nos ônibus.

O Movimento Passe Livre vem manifestar o apoio à    base da categoria dos rodoviários capixabas, que   tradicionalmente ja é traída pelos seus dirigentes   sindicais, e além disso trazer à luz uma campanha que   vá para além da reinvidicação salarial. Apesar de o   MPL defender a extinção da tarifa de ônibus (através   do Projeto Tarifa Zero), não vemos contradição entre   isso e manter o emprego dos cobradores.

  Sabemos que a solução para o transporte público   tem que passar pela humanização dele. E que as   condições de trabalho serão piores para um motorista  que trabalha sozinho numa rotina estressante.

Acreditamos que mesmo depois de implementar a Tarifa Zero, deva haver um profissional dentro do coletivo que deva regular o bom funcionamento e a qualidade do transporte.

OBS: O projeto BRT não cita em nenhum um momento a preocupação com a superlotação e o preço da passagem.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

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As juventudes, o canal contraoaumento e a política dos novos tempos

Por Valéria Silva

Teresina experimenta um momento ímpar, porém, já vivido por outras capitais brasileiras. As manifestações juvenis contra o aumento da passagem do ônibus dos últimos dias têm-se constituído num cenário político particular da vida da cidade, conferindo-lhe rotinas e dinâmicas inéditas. O movimento só encontra similares nos idos dos anos 80 quando os estudantes ocuparam quase as mesmas ruas e praças denunciando a opressão do regime militar.

O movimento pelo transporte poderia ser analisado por vários ângulos, posto que pleno de sentidos sociais, políticos, culturais, econômicos. Aqui priorizo olhá-lo pelo enfoque político,dimensão através da qual os atores implicados mais fortemente se puseram em cena, dando corpo à disputa de interesses variados.
Primeiramente, entendo que as manifestações ocorridas, embora com existência própria e marcadas por especificidades, não podem ser vistas apartadas do Movimento Passe Livre-MPL, há algum tempo, campo de militância de alguns segmentos estudantis do Brasil. Vejo estreita correspondência entre a cultura política consolidada nas manifestações do MPL de Salvador, de Florianópolis e outras capitais e os contornos obtidos pelo #Contraoaumento de Teresina. Existe um nexo, um fio que articula a luta dos jovens e penso, inclusive, que é desse ponto de vista que deve ser olhado, por exemplo, o significado político maior da demanda básica da luta posta na rua: a redução do preço da passagem do ônibus.

Demandar o direito de não pagar a passagem - ou de ter o seu preço estabelecido em patamares toleráveis - remete-nos imediatamente a um direito civil básico do pacto social estabelecido numa democracia, que é o direito de ir e vir. Nossa Constituição Federal consagra como livre o direito de locomoção. Sabemos, por outro lado, que na realidade das grandes cidades, das sociedades complexas a operacionalização desse direito implica em que uma série de condicionantes seja atendida, tais como a indispensável disponibilidade de meios para torná-la possível quando a locomoção situa-se para além da capacidade física de cada um. Desse modo,questionar o preço da passagem é, antes, questionar até que ponto a fruição deste direito se mostra real, factível nos termos vivenciados em nossa ociedade; é questionar a existência concreta da suposta liberdade de ir e vir.

Um segundo desdobramento diz respeito aos principais atores da reivindicação, os estudantes. O movimento parece deixar entender que as juventudes estudantis, tomadas pela sociedade como responsáveis pela continuidade social, demandam nas ruas que o alto custo do preparo dessas novas gerações deixe de ser administrado individualizada e arduamente pelas famílias. Que a tarefa passe a ser também do Estado, responsável pela gestão dos bens e serviços financiados publicamente, e de alguns setores da sociedade, os quais acessam as maiores parcelas da riqueza social, no caso, o empresariado do setor. O corolário da atitude é a desconstrução do entendimento naturalizado de que a formação daqueles que nos substituirão coletivamente é de responsabilidade exclusiva do núcleo familiar.

Na luta empreendida, os jovens apontam modelos de política que viessem a atender suas necessidades atuais: negam para si a assunção do ônus do transporte por se reconhecerem sujeitos de direito quanto à proteção que o Estado brasileiro os promete em discursos e textos legais, como o Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA. Recusam as saídas paliativas para a problemática vivenciada, como as políticas públicas compensatórias, como o bolsa-família, ou repressoras, como as tais medidas sócio-educativas. Reivindicam mais a liberdade de trânsito na cidade do que as condições para pagarem o cobrado pelo empresariado, mais a oportunidade de freqüentar a escola de qualidade do que vagas em empregos/trabalhos precoces, precarizados e vazios de sentido.

As juventudes parecem cobrar das instituições o cumprimento cabal de suas responsabilidades, aclarando os campos de luta e rompendo, nesse sentido, a perspectiva de adequação à política hegemônica de Estado. Desse modo, assumem-se como pessoas em formação e afirmam, na participação política de resistência, a condição de sujeitos dos seus próprios destinos.
Por outro lado, os jovens passaram a colocar sob suas miras o capital. A cobrança direta que fazem dos setores privados introduz aos levantes uma característica nova em relação aos movimentos sociais juvenis de décadas atrás, os quais focavam apenas o Estado como interlocutor e adversário político. Adotar, numa luta concreta, o capital como adversário direto coloca o movimento pelo transporte em aproximação com os movimentos juvenis mundiais contemporâneos,os quais – organizados sob as mais diferentes maneiras – se insurgem contra outras expressões do capital, presentes nesse novo mundo que povoamos. O enfrentamento de questões relativas à exclusão social, tão crônicas e triviais para nós, no Brasil e no Piauí, se expressa nas ruas a partir de uma nova leitura, extensiva ao coletivo local e estimulada pelos movimentos mundiais e nacionais de resistência ao capital sem pátria e igualmente virulento. Até onde consigo ver, os agentes privados têm decodificado perfeitamente o sentido das lutas e têm organizado sua reação à altura do risco urdido pela audácia juvenil. Só por essa razão poderemos compreender a força repressiva que se alastra sobre os jovens de Teresina e do Brasil afora. É a defesa intransigente de um território comum e “intocável”, onde estão blindados políticos e seus interesses eleitorais x empresários beneficiários de gestões apartadas dos interesses sociais básicos, ambos orquestrando a manutenção do establishment.
As juventudes na rua operam uma síntese potente entre o novo e o velho, ao tempo em que desenham um presente/futuro onde nos substituem/substituirão confiantemente. Para quem acreditava que os jovens estavam “mortos” fica a reflexão: novos tempos, novos sujeitos, novas lutas.




Valéria Silva - É Doutora em Sociologia Política. Professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia e Arqueologia-PPGAArq-UFPI. Membro do Núcleo de Pesquisa sobre Crianças, Adolescentes e Jovens-NUPEC-UFPI.
Fonte: http://fureotubo.blogspot.com/2011/10/as-juventudes-o-canal-contraoaumento-e.html?spref=tw

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Dia do Passe Livre: mostra de vídeos e reflexões

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Vinte e seis de outubro (26/10) é o Dia Nacional de Luta pelo Passe Livre. Sua primeira "edição" ocorreu em 2005, onde uma catraca em chamas simbolizava a união das manifestações, ocorridas em 14 cidades. A data foi escolhida pois foi o dia em que o projeto de lei de iniciativa popular (com cerca de 20 mil assinaturas) foi votado na Câmara de Vereadores de Florianópolis. O projeto foi aprovado em 4 de novembro.

Em "comemoração" pelo Dia Nacional do Passe Livre, o Movimento Passe Livre da região metropolitana da Grande Vitória (MPL GV) estará organizando, no mesmo dia, uma mostra de vídeos e reflexão. Serão exibidos vídeos antigos de luta do MPL GV. Seja contra o aumento de tarifas, seja para o passe livre estudantil ou pela Tarifa Zero. Esses vídeos representam um acúmulo do MPL GV no debate sobre mobilidade urbana e também um acúmulo de conquistas históricas que estão presentes no dia-a-dia da população capixaba. Após o fim das exibições acontecerá uma roda de conversas e debates sobre o tema e serão distribuídos petiscos e drinks.

Abaixo estão listados os vídeos que serão exibidos, bem como o local, dia e horário:

- "Não é só uma passagem" - ES (2005)
- "Entreatos" - ES (2008)
- "Por uma vitória de todos" - ES (2011)
- "Retome a revolta" - Brasil (2011)
- " Protesto em Vitória ES contra aumento da passagem - 02 junho" (2011)
2011
- Lançamento do vídeo : "Pastor Pulando a Roleta".
e muito mais


Local: UFES - Elefante branco
Dia: 26 de outubro de 2011 (26/10/2011) - Quarta Feira
Horário: 20:00

PAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAATRIA LIVREEE...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011